Primeiros socorros (parte 1): Aspectos gerais

São muitas as circunstância nas quais o seu animal pode necessitar de cuidados imediatos. A estes cuidados chamamos de primeiros socorros. Este é o primeiro de uma série de posts nos quais procurarei descrever os procedimentos básicos de primeiros socorros para cães e gatos. Serão dicas simples, porém poderão salvar a vida de seu animal. E sempre vale lembrar: após os primeiros socorros, seu animal invariavelmente irá necessitar de avaliação e acompanhamento veterinário.
Para começar vamos a 3 regrinhas gerais:
1º Mantenha a calma: O desespero pode levar o proprietário a tomar medidas prejudiciais à saúde e colocar em risco a vida do animal.
2º Você não vai conseguir ajudar seu animal, ou qualquer outro animal, se você também estive necessitando de socorro, portanto, se sua saúde ou integridade se encontra em risco, preserve-se. Se necessário, remova o animal para local seguro. Esta dica é válida por exemplo, em caso de atropelamentos, quando, prestar socorro ao animal no meio da rua pode colocar sua vida, a do animal e a segurança do trânsito em risco, ou ainda em casos de choques elétricos: desligue a corrente elétrica antes de tentar salvar seu animal. Incêndios, desmoronamentos e outras circunstâncias de alto risco exigem precaução extrema dos proprietário ou da pessoa que está tentando salvar um animal.
3º Entre em contato com seu veterinário: ele vai lhe orientar adequadamente sobre o que fazer para a situação específica em que seu animal se encontra.
Emergência X Urgência
Muitas pessoas não sabem diferenciar um caso de emergência para urgência! Sim, se você não sabia emergência é diferente de urgência.
Emergência é uma condição em que há risco eminente à vida de seu animal,. havendo necessidade de atendimento imediato ( por exemplo: hemorragias, parada cardíaca e/ou respiratória, envenenamento, atropelamento, choque elétrico, etc)
Urgência são casos de menor gravidade, que podem aguardar um pouco por atendimento, porém, este atendimento deve ser realizado antes que haja complicações mais graves (vômito e/ou diarréia, convulsões, infecções de útero (piometra), convulsões etc)
Como manusear um animal ferido, machucado ou doente?
Atenção: animais feridos, doentes, com medo e/ou, confusos podem morder, mesmo seu cãozinho ou gato, dócil e amável normalmente, pode, em caso de injúrias lhe morder ou arranhar. por isto tenha todo cuidado.
Não abraçe um animal ferido. Esta atitude, muitas vezes adotada pelos proprietávios visando dar conforto ao animal pode fazê-lo sentir ainda mais dor, e pode lhe expor a uma mordida ou arranhadura, além de, dependendo do caso, agravar a condição do animal;
Qualquer manuseio deve ser feito lenta e gentilmente. Em caso de agitação ou demonstração de desconforto, para imediatamente;
Se necessário, e apenas se seu animal não estiver vomitando e sem dificuldade de respirar, faça uma mordaça. Isto irá reduzir os riscos de você ser mordido e facilitará o atendimento do seu animal quando de sua entrada na clínica veterinária.
Lembre-se: NUNCA amordace um animal que esteja vomitando!
Se possível, e em especial, se houver sangramento, ou fratura, procure estabilizar o quadro com uma bandagem.
Durante o transporte, procure restringir o espaço do animal, para evitar danos adicionais. Em caso de inconsciência ou trauma, procure transportá-lo deitado, lateralmente, com a área mais afetada voltada para cima. Se possível, utilize caixa de transporte. No caso de transporte de animais deitados, procure apoiá-lo sobre uma superfície firme (tábua, porta etc).
Nos próximos posts, detalharei algumas orientação gerais para situações específicas. Fique atento, sua atitude pode salvar a vida de seu animal.
Milenas Luiza Hermogenes Morais Barreto
Médica Veterinária
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